Aconteceu na manhã desta terça-feira (23) a solenidade em homenagem ao Centenário de Petrônio Portella, político piauiense que desempenhou papel crucial na transição do regime militar para a democracia, sendo considerado um dos principais artífices da abertura política no Brasil. A proposição da homenagem foi do presidente da Casa, Severo Eulálio (MDB).
“Hoje, ao celebrarmos o centenário de nascimento de Petrônio Portella Nunes, celebramos a memória de um dos maiores arquitetos da redemocratização brasileira, cuja visão e coragem política permanecem como farol para gerações presentes e futuras”, afirmou.
O presidente destacou também a trajetória política de Petrônio, que foi prefeito de Teresina, governador do Piauí, senador da República e ministro da justiça. Severo afirmou que o legado deixado por ele inspira a Assembleia Legislativa.
Em seu discurso, o primeiro secretário da Mesa Diretora, deputado Wilson Brandão (Progressistas) lembrou que Petrônio teve uma carreira política marcada pela moderação, pelo diálogo e pela firmeza democrática. “Sua trajetória o levou de deputado estadual a prefeito de Teresina, de governador do Piauí a senador da República, de presidente do Senado a ministro da Justiça. Em cada etapa deixou uma marca indelével”, disse.
Segundo Wilson Brandão, o Brasil precisa se espelhar na moderação e equilíbrio de Petrônio Portella, para superar o atual cenário de bipolaridade entre as ideologias de esquerda e de direita.
Biografia que marcou a história do Brasil
O jornalista Zózimo Tavares, biografo de Petrônio Portella, em seu discurso destacou a importância do piauiense na política brasileira. Ele ressaltou a trajetória de sucesso de Portella, desde sua origem humilde até alcançar cargos de destaque como governador, senador e ministro. "O estadista tem a visão do seu tempo e enxerga o amanhã. Petrônio era um desses e seu maior legado talvez tenha sido a atuação firme e serena no processo de abertura política do Brasil nos anos finais do ciclo militar”, destacou.
Antônio Claúdio Portella, sobrinho-neto do homenageado, discursou em nome da família, agradecendo à Assembleia pela homenagem a Petrônio, a quem enalteceu pela postura corajosa e pelo compromisso com a democracia.
“Várias de suas frases ficaram perpetuadas, a exemplo da frase ‘Só não muda quem se demite do direito de pensar’. Lembra a sua capacidade de enxergar além do imediato. Com sua morte, o Brasil perdeu não apenas um estadista, mas um conciliador nato”, disse Cláudio Portella.
Fizeram parte da mesa de honra, Cassandra Portella, sobrinha de Petrônio Portella, Antônio Cláudio Portella, Sobrinho-Neto de Petrônio Portella, Jesus Elias Tajra, ex-prefeito de Teresina, ex-deputado estadual, ex-deputado Federal, e Zózimo Tavares, Jornalista, 2º secretário da Academia Piauiense de Letras (APL).
Fonte/Créditos: ALEPI
Comentários: