A morte do Papa Francisco, aos 88 anos, evocará um dos processos mais tradicionais da Igreja Católica Apostólica Romana: o conclave, método de escolha de um novo sacerdote para a posição. Nele, os cardeais, que atuam como colaboradores do Papa na condução da Igreja, têm a missão de eleger seu sucessor. Do total de 252 cardeais, 140 são votantes e elegíveis — aqueles que têm mais de 80 anos não são aptos a votar. Desde dezembro passado, o Brasil tem oito cardeais, mas só sete deles podem participar do processo.
O ex-arcebispo de Teresina, Dom Sérgio da Rocha, está entre os cardeais brasileiros que participam do Conclave — a eleição que escolherá o novo pontífice da Igreja Católica, após a morte do Papa Francisco. Conforme as normas canônicas, o processo deve ocorrer entre 15 e 20 dias.
Dom Sérgio assumiu como arcebispo de Teresina em setembro de 2008. Três anos depois, em 2011, foi chamado pelo Vaticano para assumir o mesmo cargo na Arquidiocese de Brasília. Atualmente, ele está na Arquidiocese de Salvador.
Aos 65 anos, Dom Sérgio cumpre uma das regras da Igreja que determina que apenas cardeais com menos de 80 anos estão aptos a votar. Além dele, outros sete cardeais brasileiros também participarão da escolha do novo líder da Igreja Católica.
Confira lista abaixo:
- Sérgio da Rocha, Primaz do Brasil e arcebispo de Salvador, 65 anos.
- Jaime Spengler, presidente da CNBB e arcebispo de Porto Alegre, 64 anos.
- Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, 75 anos.
- Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, 74 anos.
- Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília, 57 anos.
- João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília, 77 anos.
- Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, 74 anos.
Até que o novo papa seja eleito, a condução da Santa Sé fica sob a responsabilidade do Colégio Cardinalício, atualmente composto por 226 cardeais. Desses, 132 têm direito a voto no Conclave. Os outros 94, todos com 80 anos ou mais, são considerados cardeais não eleitores e, portanto, não participam da votação.
Além desses, há o cardeal brasileiro Dom Raymundo Damasceno Assis, de 88 anos. Nascido em Capela Nova (MG), ele tornou-se padre em 1968. Ocupou o cargo de secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) por dois mandatos (1995-2003), foi membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, Educação e Cultura e presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) de 2007 a 2011. No mesmo ano, foi eleito presidente da CNBB (2011-2015).
Desde 2013, quando assumiu o papado, o Pontífice argentino nomeou 72 cardeais de diferentes nações, sendo 24 delas pela primeira vez. É o caso, por exemplo, do cardeal do Irã, o arcebispo Dominique Mathieu, de Teerã-Ispahan, um missionário belga. Também pela primeira vez há um cardeal na Sérvia, com o arcebispo Ladislav Nemet, de Belgrado, recebendo o chapéu vermelho. Atualmente, a América Latina tem 24 cardeais eleitores, enquanto a Europa lidera com 55.
Fonte/Créditos: REDAÇÃO
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