O alpinista político – de ambos os gêneros – é um ser nocivo no contexto da alternância de poder na política – a troca pacífica de governantes e de legisladores no regime democrático –, enquanto um princípio fundamental da democracia que impede a perpetuação de pessoas ou de grupos no poder, garantindo a soberania popular, a renovação de ideias e o controle social do poder político.
Contudo, à medida em que nos aproximamos de eleições no Brasil – gerais ou municipais – surgem “novas” (e até ressurgem “velhas”) “figuras daninhas” querendo galgar espaço na política partidária, como arautos da “boa-nova” ou da “salvação”. Para tanto buscam uma visibilidade forçada ou manipulada – principalmente nas redes sociais –, com o intuito de persuadir o eleitorado e alcançar um cargo Executivo ou Legislativo – federal, estaduais ou municipais.
Assim, entre meados de 2025 e as eleições de 2026 ocorrerá uma espécie de “black Friday de alpinistas políticos” – a maioria é de homens apadrinhados –, cuja retórica discursiva e ilusória é “criticar” os detentores de cargos eletivos ou propor um mundo irrealizável, pleiteando para si uma notoriedade artificialmente construída. E, com isso, destruir a confiabilidade de eleitores e eleitoras em relação a outrem.
Logo, o objetivo único dos discursos e ações dos alpinistas políticos é manipular a boa-fé de analfabetos políticos com questionáveis “habilidades”, e até “crenças religiosas”. O modo mais típico de “gabar-se” virtuosos e capazes de resolver os problemas sociais mais complexos.
Porém, em geral, são “políticos carreiristas”, que usam siglas de aluguel e o fundo partidário para candidatar-se e ou manter-se no poder. Para isso, fingem ter conhecimento, boa índole ou um status que não possuem, visando se encaixar no disputado círculo político – onde uma “cadeira” custa caro – e saciar os próprios interesses (de padrinhos e familiares), em detrimento dos “bons políticos”.
Desse modo, durante o período pré-eleitoral, os alpinistas políticos buscam apoio de pessoas de poder aquisitivo (lícito ou não) – os chamados “padrinhos políticos” – com o objetivo de “se cacifar” politicamente e se aproximar da população mais vulnerável, se mostrando “legítimos defensores” das demandas sociais mais urgentes – na segurança pública, na saúde, na educação, na cultura etc.
Dessa forma, o malefício público de um alpinista político ou político carreirista é que a principal motivação é a ascensão da própria carreira, do poder e do prestígio pessoal, em detrimento dos princípios ideológicos, do serviço público ou dos interesses da população que representa. Para tais “figuras deletérias” a busca pela progressão na carreira política se torna o objetivo central de sua atuação na política.
Nesse sentido, durante o período de campanha eleitoral dentre os principais comportamentos dos alpinistas políticos estão a manipulação, a desvalorização e a bajulação. Usam eleitores e eleitoras de forma interesseira, descartando-as após a votação; podem atacar publicamente ou de forma privada os adversários para se destacar; e tentam agradar constantemente falsas lideranças e indivíduos com poder financeiro para obter benefícios eleitorais.
Nessa lógica, o alpinista político se associa a indivíduos influentes para obter status e poder, geralmente de forma interesseira, bajuladora ou agressiva, fingindo ser quem não é e desvalorizando os adversários para subir na política. Àquele é comum a falta de autenticidade, pois o "alpinista" usa outras pessoas como degraus para atingir seus objetivos na política.
Todavia, como não se esconde a luz e a verdade, o tempo desnuda os alpinistas políticos e todas as suas práticas escusas – p.ex. peculato, corrupção, prevaricação, “orcrim”. Porém, antes cabe ao eleitorado identificar e não votar em alpinistas políticos, ativando o senso crítico e justo.
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