Cinco trabalhadores piauienses foram resgatados em situação análoga à de escravidão em uma pedreira localizada no município de Caldeirão Grande do Piauí. O resgate foi feito com atuação integrada entre a Polícia Federal, o Ministério do Trabalho e Emprego e a Defensoria Pública da União.
A operação fez parte de uma força-tarefa realizada também nos municípios de Juazeiro do Norte (CE), Araripina (PE), Exu (PE) e Parnamirim (PE). Ao todo, 20 trabalhadores foram encontrados vivendo em alojamentos precários, sem acesso a água potável, banheiros adequados e condições mínimas de segurança e higiene.
Entre as irregularidades constatadas estavam a ausência de registro em carteira de trabalho, a falta de equipamentos de proteção individual (EPIs) e o descumprimento de normas trabalhistas essenciais. “No local, as equipes encontraram condições de trabalho que violam a dignidade humana e os direitos fundamentais desses trabalhadores. O trabalho escravo contemporâneo ainda é uma realidade que precisamos enfrentar com rigor e de forma permanente”, destacou o procurador do Trabalho Edno Moura, coordenador regional de combate ao trabalho escravo do Ministério Público do Trabalho no Piauí.
Esse foi o primeiro caso de resgate de trabalhadores piauienses resgatados esse ano no Piauí. No entanto, outros trabalhadores piauienses foram resgatados em outros estados. Entre eles, três na atividade de construção civil em Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza, no Ceará, quatro trabalhadores no município de Magalhães de Almeida, no Maranhão, atuando na extração da palha de carnaúba, outros 30 na zona rural do município de Gentio do Ouro, na Bahia, também na atividade de carnaúba, além do grupo que foi resgatado em Porto Alegre do Norte, no interior do Mato Grosso, em um canteiro de obras de uma usina de etanol.
O procurador reforçou que qualquer pessoa pode denunciar casos de trabalho escravo de forma anônima e segura por meio do site www.prt22.mpt.mp.br/servicos/denuncias, pelo whatsapp (86) 99544 7488 ou ainda de forma presencial nas unidades do MPT em Teresina, Picos e Bom Jesus. “É fundamental que a sociedade esteja atenta e denuncie situações de exploração. O combate a esse tipo de crime depende da atuação conjunta das instituições e da conscientização da população”, finalizou o procurador.
Fonte/Créditos: MPT-PI


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