A decisão unânime da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), de receber, nesta quarta-feira (26), a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete ex-integrantes de seu governo por tentativa de golpe de Estado, repercutiu entre os políticos do Piauí
Segundo a denúncia, os oito acusados integram o Núcleo 1, ou “Núcleo Crucial”, de uma organização criminosa que buscava impedir o regular funcionamento dos Poderes da República e depor o governo legitimamente eleito.
Ex-ministro da Casa Civil
O presidente nacional do Progressistas, senador Ciro Nogueira, postou mensagem no X em solidariedade ao ex-presidente Jair Bolsonaro, agora réu na ação que vai julgar as responsabilidades pela tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2022.
"A História não é escrita pelo presente, mas pelo ontem, o hoje e o amanhã. Reservará a @jairbolsonaro a visão desapaixonada de sua importância para a democracia e sua condição de vítima de uma vereda histórica que a História o inocentará", aposta o senador, ex-ministro-chefe da Casa Civil de Bolsonaro.
Rigor da Lei para todos
Na mesma rede social o também senador Marcelo Castro (MDB) também comentou a decisão unânime dos ministro da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal que aceitaram a denúncia da Procuradoria Geral da República.
"Todos sabemos que houve uma tentativa de golpe no Brasil. Os mandantes e os financiadores têm que responder com os rigores da lei. A decisão do STF de tornar réus Bolsonaro e seu grupo é mais do que correta. A democracia é um patrimônio que conquistamos a duras penas", escreveu.
Atentado jurídico
O próprio Bolsonaro se manifestou após a decisão dos ministro do STF. “Todos sabem que o que está em curso é, na verdade, uma espécie de atentado jurídico à democracia: um julgamento político, conduzido de forma parcial, enviesada e abertamente injusta por um relator completamente comprometido e suspeito, cujo objetivo é se vingar, me prendendo e me retirando das urnas. Porque todos sabem que, com meu nome na disputa, minha vitória e a conquista da maioria no Senado são resultados inescapáveis. Simples assim”.
“A julgar pelo que lemos na imprensa, estamos diante de um julgamento com data, alvo e resultado definidos de antemão. Algo que seria um teatro processual disfarçado de Justiça – não um processo penal, mas um projeto de poder que tem por objetivo interferir na dinâmica política e eleitoral do país”, concluiu o ex-presidente, agora réu no STF.
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