Senado

Senador reage a ataque às urnas: “isso é algo que só existe na cabeça do presidente"

"Não tem o menor fundamento. Em 25 anos de urna eletrônica, nunca houve uma comprovação de fraude"

Senadores Ciro Nogueira e Marcelo Castro na Assembleia Legislativa

Senadores Ciro Nogueira e Marcelo Castro na Assembleia Legislativa Foto: Thiago Amaral/Alepi

O senador Marcelo Castro (MDB) reagiu ao novo ataque do presidente Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas eletrônicas, durante uma live nas redes sociais. Bolsonaro afirmou que a urna eletrônica é violável, ou seja, suscetível a fraudes. Em momentos de discurso mais elevado, o presidente chegou a falar na possibilidade de realizar uma auditoria em um eventual resultado das eleições deste ano.


“Isso é algo que só existe na cabeça do presidente e de seus apoiadores para agradá-lo. Não tem o menor fundamento. Em 25 anos de urna eletrônica, nunca houve nenhuma comprovação de fraude, por mínima que fosse. Nunca houve. Nenhuma denúncia consistente de fraude eleitoral”, lembrou o senador piauiense


“As urnas eletrônicas trouxeram tranquilidade, pacificou, trouxe segurança para a classe política de que o resultado é o autêntico. Talvez no mundo inteiro não haja um sistema eleitoral tão seguro e eficiente quanto o nosso”, acrescentou.


Possibilidade de fraude existe

Eleito deputado federal e agora senador sempre com uso da urna eletrônica, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, do Progressistas, não tem a mesma opinião sobre a urna eletrônica.

Também presente à sessão solene na Assembleia Legislativa para entrega do título de cidadania piauiense para três integrantes da família Sanders, dona do Grupo Progresso, do agronegócio, Ciro Nogueira afirmou confiar no equipamento, o que não impede de haver fraude eleitoral.    

“Eu tenho confiança no processo eleitoral, nas urnas, mas isso não significa que não possa ter fraude, um dia. Temos que fiscalizar, o próprio TSE está buscando sempre mecanismos para aprimorar e temos que enfrentar isso com toda a transparência”, defendeu o ministro, concordando em parte com o discurso do “chefe” Bolsonaro.

Novos ataques nas redes sociais

 "De poucas semanas para cá, estamos vendo a explosão de casos de Covid na China. Não vou fazer juízo de valor: de onde é a Coronavac?", ironizou o presidente. "Se no país onde nasceu a Coronavac o povo está se contaminando agora em larga escala, o que está acontecendo?", indagou, antes de está sofrendo censura por falar mal da vacina e das urnas eletrônicas. "Igual a urna, não pode ser discutido. Discutir isso é um crime", repetiu o presidente em live nas redes sociais no final da semana passada.

Fonte: Redação

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