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O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), considera que o relatório final é completo e aponta crimes, inclusive do presidente Jair Bolsonaro, com provas que não poderão ser desprezadas e devem ser investigadas pelo Ministério Público e julgadas pelas autoridades judiciais. "A CPI termina hoje, mas essa história não acaba aqui", disse Randolfe.
Depois de Randolfe, Renan Calheiros falou sobre o relatório, os aperfeiçoamentos feitos na última semana e, ao comentar as últimas declarações de Bolsonaro, chamou o presidente de "serial killer". Renan também falou sobre a atuação dos ministros Marcelo Queiroga, da Saúde, e da Economia, Paulo Guedes, diante da pandemia.
Governador do Amazonas na lista dos indiciados
O senador Otto Alencar (PSD-BA) informou aos jornalistas que, na reunião realizada na noite de ontem, membros da CPI chegaram à conclusão de que o governador do Amazonas, Wilson Lima, e o ex-secretário de Saúde do estado Marcellus Campêlo devem ser indiciados no relatório final da comissão. Para ele, a fala de Bolsonaro que relacionou vacina contra covid à Aids, em live na última semana, também deve ser enquadrada como crime.
O senador Humberto Costa (PT-PE) falou sobre a inclusão de novos indiciamentos e encaminhamentos, especialmente acerca da condução da pandemia no Amazonas. "Espero que isso seja suficiente para o senador Eduardo Braga (MDB-AM) votar conosco", avaliou.
Humberto também afirmou que a CPI deverá acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para que o presidente Jair Bolsonaro explique a fala em que associa as vacinas contra covid-19 à Aids. A comissão, disse o senador, vai pedir ainda o banimento definitivo de Bolsonaro das redes sociais que operam no Brasil.
Na versão atualizada do parecer final, o relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros (MDB-AL), ampliou a lista de sugestões de indiciamentos. O número subiu de 68 para 78 pessoas e empresas.
Os dez nomes incluídos por sugestão de senadores são os seguintes:
– Heitor Freire de Abreu, ex-coordenador do Centro de Coordenação de Operações do Ministério da Saúde;
– Marcelo Bento Pires, assessor do Ministério da Saúde;
– Alex Lial Marinho, ex-coordenador de Logística do Ministério da Saúde;
– Thiago Fernandes da Costa, assessor técnico do Ministério da Saúde;
– Hélcio Bruno de Almeida, presidente do Instituto Força Brasil;
– Regina Célia Oliveira, fiscal de contratos do Ministério da Saúde;
– Amilton Gomes de Paula, reverendo presidente da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah);
– José Alves Filho, sócio da Vitamedic Indústria Farmacêutica Ltda.;
– Hélio Angotti Netto, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, do Ministério da Saúde;
– Antônio Jordão, presidente da Associação Médicos pela Vida.
Fala condenável
Membro da CPI, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) condenou a fala do presidente Jair Bolsonaro que associou vacinas contra a covid-19 à Aids. "Isso é um absurdo e precisa ter consequências", afirmou o senador. Ele comentou ainda sobre o relatório final e a votação que deve acontecer na reunião de hoje.
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