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Evangelina Rosa pode ser fechada por descumprimento de recomendação do MPPI

Direção da maternidade não cumpriu compromisso assumido em interdição anterior

As obras na Maternidade Dona Evangelina Rosa estão paradas

As obras na Maternidade Dona Evangelina Rosa estão paradas Foto: MPPI

A Maternidade Dona Evangelina Rosa pode ser novamente interditada, desta vez por tempo indeterminado, depois que promotores da 12ª Promotoria de Justiça do Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI) estiveram  na Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER), na qujinta-feira 923), e constataram o descumprimento das recomendações do MPPI para a realização de concurso público para a contratação de servidores e, principalmente, da conclusão das obras recomendadas em fiscalização anterior. Estiveram presentes representantes do Conselho Regional de Medicina (CRM-PI), da Controladoria Geral do Estado (CGE-PI) e da Maternidade.

Em inspeção realizada em novembro de 2019, a direção da maternidade se comprometeu a entregar a reforma concluída e a transferência de pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Entretanto, na visita de quinta-feira, foi constatado que a obra foi suspensa e ficou paralisada por falta de pagamento e de materiais. Além disso, foram encontradas diversas falhas de execução, como instalação inadequada de pias e de ar-condicionado, problemas de projeto eletrotécnico, infiltrações e ainda diversas encubadoras quebradas ou sem manutenção.

Pessoas em pé olhando infiltração na parede
Promotores de Justiça inspecionam a maternidade
Foto: MPPI

"Esta obra deveria estar pronta desde novembro. Além de não estar, o que foi feito está cheio de erros visíveis. Foi um projeto mal feito que trará mais gastos para o Estado", denunciou o promotor de Justiça Eny Pontes.

Outro ponto cobrado foi a realização de concurso público para substituir funcionários admitidos por contrato. A conselheira Regional de Medicina, Ana Cláudia Ferreira, apontou a necessidade de realizar concurso público e não apenas um processo seletivo. "Caso seja realizado seletivo, os médicos hoje contratados não poderão participar do processo. Serão 38 profissionais com experiência a ficar de fora da seleção por motivos legais. Sendo concurso público, eles terão a chance de participar", explica.

Entretanto, nem mesmo os atos iniciais para a realização do concurso ocorreram. Por isso, o promotor afirma que cobrará o cumprimento da decisão judicial e o MPPI exigirá tanto a conclusão imediata das obras como a realização de concurso. A gestão da MDER deverá apresentar o contrato e os aditivos da obra, além de solução para os problemas de execução do projeto.

Obras paradas na Maternidade Dona Evangelina Rosa, em Teresina
Foto: MPPI  

Fonte: MPPI

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