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Igrejas evangélicas devem mais de R$ 420 milhões de impostos no Brasil

A lista de devedores é encabeçada pela Igreja Internacional da Graça de Deus

Igrejas devem ao fisco

Igrejas devem ao fisco Foto: Reprodução

Um grupo de igrejas evangélicas tem uma dívida milionária com a União, de R$ 420 milhões, segundo levantamento feito pela revista Veja com base na lista de devedores da União, disponibilizada pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).

A lista é encabeçada pela Igreja Internacional da Graça de Deus, do pastor Romildo Ribeiro Soares, que tem quase 3 mil templos espalhados em onze países. A congregação deve R$ 139,7 milhões à Receita Federal.

Em segundo lugar, com uma dívida de R$ 85,9 mi, está Igreja Mundial do Poder de Deus, seguida pela Igreja Renascer em Cristo (R$ 31,3 mi), Assembleia de Deus (R$ 9,8 mi) e Igreja Batista da Lagoinha ( R$ 9,4 mi).

Além da dívida das igrejas, o levantamento mostra que parte dos pastores constam na lista de devedores com suas empresas privadas. A produtora de TV Rede Mundial de Comunicação, do pastor Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Reino de Deus, por exemplo, deve R$ 6,1 milhões em impostos.

A gravadora de música gospel do pastor Silas Malafaia, líder do ministério Vitória em Cristo, ligado à Assembleia de Deus, também consta na lista, com um débito de R$ 1,2 milhão. As informações são da revista Veja.

As pendências com a Receita, no entanto, são questionadas na Justiça. De acordo com os advogados das igrejas, a cobrança do INSS é indevida, uma vez que a maior parte do trabalho realizado nesses locais tem função missionária. Já no caso das empresas, defende-se que elas fazem a propagação da fé e deveriam ser isentas de alguns impostos, assim como as igrejas.

Parte dos pastores defendem que as cobranças são uma forma de perseguição política, iniciada durante os governos do PT, mas que ganhou um impulso em 2018, quando o presidente Michel Temer instituiu a plataforma eSocial. O mecanismo facilitou a detecção de questões trabalhistas pelo Fisco.

Fonte: Congresso em foco

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