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IBGE prevê safra recorde de 5,4 milhões de toneladas de grãos no Piauí em 2021

IBGE aponta que produção de grãos do Piauí só fica atrás do Rio Grande do Sul

IBGE: Piauí vai bater novo recorde na produção de grãos em 2021

IBGE: Piauí vai bater novo recorde na produção de grãos em 2021 Foto: Reprodução

A produção de grãos, principalmente a soja, no Piauí tem previsão de crescer 9,74% em 2021, com um total de 5,4 milhões de toneladas, um incremento de 478 mil toneladas em relação ao ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  A produção de grãos do Piauí  só deve ficar atrás do Rio Grande do Sul, que aponta para um incremento de 34,5% na safra deste ano, segundo o IBGE.

O prognóstico para a produção de grãos do Brasil neste ano também é positivo, devendo atingir um crescimento da ordem de 2,5% em relação à safra do ano de 2020, chegando a um total de 260,5 milhões de toneladas de grãos, cerca de 6,4 milhões de toneladas a mais.

O terceiro prognóstico para a safra 2021 2021 mostra que a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas deve somar um recorde de 260,5 milhões de toneladas, com alta de 2,5% em relação a 2020 (6,4 milhões de toneladas). As estimativas indicam novo aumento de produção para a soja (6,8% ou 8,2 milhões de toneladas) e declínios para milho de 2ª safra (-1,8% ou 1,4 milhão de toneladas) e o algodão herbáceo (-14,0% ou 607 mil toneladas).

A estimativa final para a safra de 2020 totalizou 254,1 milhões de toneladas, mais um recorde nacional, 5,2% superior à safra de 2019 (241,5 milhões de toneladas). Em relação à previsão anterior, houve aumento de 2,0 milhões de toneladas (0,8%). O arroz, o milho e a soja somaram 92,7% da produção e 87,1% da área colhida. Frente a 2019, houve altas de 7,1% para a soja, de 7,7% para o arroz e 2,7% para o milho.

Para a soja, a estimativa de produção foi de 121,5 milhões de toneladas; para o milho, de 103,2 milhões de toneladas (26,6 milhões na 1ª safra e 76,6 milhões na 2ª safra); para o arroz, de 11,0 milhões de toneladas e, para o algodão, de 7,1 milhões de toneladas, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA).

Estimativa de DEZEMBRO para 2020254,1 milhões de toneladas
Variação dezembro 2020/ novembro 2020(0,8%) 2,0 milhões toneladas
Variação safra 2020/ safra 2019(5,2%) 12,6 milhões de toneladas
Estimativa de DEZEMBRO para 2021260,5 milhões de toneladas
Variação safra 2021/ safra 2020(2,5%) 6,4 milhões de toneladas

 

A 12ª estimativa para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2020 alcançou 254,1 milhões de toneladas e uma área colhida de 65,4 milhões de hectares. Em relação a 2019, houve aumento de 2,2 milhões de hectares na área a ser colhida (3,5%). Frente ao que fora previsto no mês anterior, o acréscimo foi de 145 mil hectares (0,2%).

Em relação ao ano anterior, houve acréscimos de 4,3% na área do milho (aumentos de 2,5% no milho 1ª safra e de 5,0% no milho 2ª safra); de 3,5% na área da soja e de 0,5% na área do algodão herbáceo. Mas ocorreu declínio de 1,2% na área de arroz.
Na produção, houve altas de 7,1% para a soja, 7,7% para o arroz, 2,7% para o milho (alta de 2,3% no milho 1ª safra e de 2,8% no milho 2ª safra) e de 2,8% para o algodão herbáceo.

Em relação a novembro, houve aumentos nas estimativas da produção da batata-inglesa da 3ª safra (43,5% ou 299 mil toneladas), do café arábica (3,2% ou 87,4 mil toneladas), do milho 2ª safra (3,0% ou 2,3 milhões de toneladas), uva (1,5% ou 20,7 mil toneladas), cevada (0,6% ou 2,1 mil toneladas) e milho 1ª safra (0,0% ou 594 toneladas). 

Houve quedas na castanha-de-caju (-7,9% ou 11,9 mil toneladas), laranja (-7,4% ou 1,3 milhão de toneladas), trigo (-2,7% ou 172,7 mil toneladas), batata-inglesa 1ª safra (-2,0% ou 33,3 mil toneladas), cana-de-açúcar (-1,8% ou 12,6 milhões de toneladas), aveia (-1,2% ou 11,5 mil toneladas), café canephora (-0,6% ou 5,2 mil toneladas) e batata-inglesa 2ª safra (-0,2% ou 2,4 mil toneladas).  

Entre as unidades da federação, o Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 28,7%, seguido pelo Paraná (15,9%), Rio Grande do Sul (10,3%), Goiás (10,3%), Mato Grosso do Sul (8,7%) e Minas Gerais (6,2%). 

Entre as regiões, o Centro-Oeste produziu 121,7 milhões de toneladas (47,9%); o Sul, 73,0 milhões de toneladas (28,8%); o Sudeste, 25,7 milhões de toneladas (10,1%); o Nordeste, 22,6 milhões de toneladas (8,9%) e, o Norte, 11,0 milhões de toneladas (4,3%). Tiveram aumento na produção: o Centro-Oeste (9,2%), o Norte (12,1%), o Nordeste (17,7%) e o Sudeste (8,4%). A região Sul foi a única com declínio (-5,4%). 

Destaques da estimativa de dezembro para a safra de 2020

As variações positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram no Mato Grosso do Sul (9,8% ou 2,0 milhões de toneladas), em São Paulo (1,8% ou 177 mil toneladas), em Goiás (0,2% ou 55,9 mil toneladas), no Paraná (0,1% ou 54,4 mil toneladas), no Tocantins (0,7% ou 35,1 mil toneladas), em Pernambuco (1,9% ou 4,7 mil toneladas), no Acre (0,2% ou 232 toneladas) e no Espírito Santo (0,0% ou 28 toneladas).

As variações negativas foram no Rio Grande do Sul (-0,9% ou 232,0 mil toneladas), em Rondônia (-0,3% ou 7,9 mil toneladas), no Amapá (-4,9% ou 2,6 mil toneladas), em Alagoas (-1,7% ou 1,7 mil toneladas), no Ceará (-0,1% ou 784 toneladas), no Rio Grande do Norte (-0,1% ou 52 toneladas), em Minas Gerais (-0,0% ou 390 toneladas), no Maranhão (-0,0% ou 90 toneladas) e no Piauí (-0,0% ou 61 toneladas).  

BATATA-INGLESA (tubérculo) – A 12ª estimativa da produção total de batata-inglesa (3,7 milhões de toneladas) subiu 7,7% frente a novembro. A área plantada e a área a ser colhida cresceram 7,3%, e o rendimento médio aumentou 0,4%. Destaque positivo para São Paulo e Minas Gerais, que aumentaram suas estimativas em 42,5% e 2,6%, respectivamente, frente ao mês anterior. Frente a 2019, a estimativa de produção de batata-inglesa caiu 4,5%, puxada por São Paulo (-13,1%), Rio Grande do Sul (-19,5%) e Goiás (-18,8%).

A 1ª safra, estimada em 1,6 milhão de toneladas, teve retração de 2,0% frente ao mês anterior e de 4,9% frente ao ano anterior. Já a 2ª safra, estimada em 1,1 milhão de toneladas, foi 0,2% menor que em novembro. E a 3ª safra, estimativa em 985,7 mil toneladas, foi 43,5% maior em relação ao mês anterior e 2,7% maior em relação a 2019. São Paulo e Minas Gerais foram os destaques positivos, informando aumentos de 161,8% e 22,5%, respectivamente, em suas produções em relação ao mês anterior. 

CAFÉ (em grão) – A estimativa da produção brasileira de café (3,7 milhões de toneladas) subiu 2,3% frente a novembro. A área plantada no País alcançou 1,9 milhão de hectares, aumento de 0,2%, enquanto que o rendimento médio aumentou em 2,0%. Em relação ao ano anterior, a estimativa da produção foi 24,3% maior, sendo recorde da série histórica do IBGE. A área plantada aumentou 4,4%, enquanto que o rendimento médio cresceu 19,3%. 

Para o café arábica, a produção estimada (2,9 milhões de toneladas) foi recorde da série histórica do IBGE, crescendo 3,2% frente ao mês anterior e 38% em relação a 2019. A produção mineira (71,5% do total nacional) foi estimada em 2,0 milhões de toneladas, com aumento de 4,0% em relação a novembro e de 37,9% em relação a 2019.  

Para o café canéfora (conillon), a estimativa da produção (865,5 mil toneladas) caiu 0,6% frente a novembro e de 6,2% em relação ao ano anterior. No Espírito Santo (64,9% da produção nacional), a estimativa deve alcançar 561,9 mil toneladas, subindo 0,3% frente a novembro, mas recuando 11,8% em relação a 2019.

CANA DE AÇÚCAR - A estimativa da produção (677,9 milhões de toneladas) foi 1,8% menor em relação ao mês anterior. O rendimento médio dos canaviais caiu 1,2%. Em relação a 2019, as estimativas de produção apresentam acréscimo de 1,6%, com queda de 0,3% na área destinada à colheita e aumento de 1,9% no rendimento médio.

O Mato Grosso do Sul, quarto maior produtor nacional da cana (7,1% do total), apresentou a principal variação na produção em dezembro com uma redução de 22,4%, efeito da queda de produtividade dos canaviais atingidos pela falta de chuvas. Mas São Paulo, o maior produtor (52,0% do total) teve um crescimento de 2,7% na produção em relação a 2019. 

CASTANHA-DE-CAJU (amêndoa) – A estimativa da produção (138,8 mil toneladas) apresenta declínio de 7,9% em relação ao mês anterior. Na comparação com 2019 houve retração de 0,4%. A produção do Ceará (85,2 mil toneladas) representa 61,4% do total nacional; a do Piauí (23,2 mil toneladas), 16,7% e, a do Rio Grande do Norte (17,5 mil toneladas), 12,6%. Em relação a 2019, houve declínio de 2,9% na produção do Ceará e crescimentos de 7,0% na produção do Piauí e de 3,5% no Rio Grande do Norte. 

CEREAIS DE INVERNO (em grão) – Os principais cereais de inverno produzidos no Brasil são o trigo, a aveia branca e a cevada. A estimativa da produção do trigo (6,2 milhões de toneladas) caiu 2,7% frente ao mês anterior. Em relação a 2019, a estimativa encontra-se 17,7% maior. A região Sul respondeu, em 2020, por 86,8% da produção tritícola nacional. 

Já a estimativa da produção da aveia (925,1 mil toneladas) teve declínio de 1,2% em relação ao mês anterior. O clima adverso comprometeu as produções no Rio Grande do Sul e no Paraná. Em relação ao ano anterior, a produção brasileira da aveia deve crescer 1,5%. 

Para a cevada, a produção estimada (378,9 mil toneladas) teve aumento de 0,6% em relação ao mês anterior e declínio de 5,4% em relação a 2019. 

LARANJA - A produção estimada (15,7 milhões de toneladas) caiu 7,4% em relação ao mês anterior, devido à falta de chuvas e às altas temperaturas nas principais regiões produtoras. Frente a 2019, a queda na produção chegou a 10,6%. 

Em São Paulo, principal produtor (75% do total), a produção foi estimada em 11,8 milhões de toneladas, com redução de 9,6%, devido as condições climáticas extremamente adversas. 

MILHO (em grão) – A estimativa da produção (103,2 milhões de toneladas) cresceu 2,2% em relação à do mês anterior e atingiu recorde na série histórica do IBGE. A área colhida foi de 18,3 milhões de hectares, tendo o rendimento médio crescido 1,4%. Em relação a 2019, a produção foi 2,7% maior, havendo aumento de 4,3% na área colhida e declínio de 1,6% no rendimento médio. A primeira safra deve participar com 25,8% da produção brasileira de 2020 e a segunda, com 74,2%. 

Na 1ª safra de milho, a produção alcançou 26,6 milhões de toneladas. Em relação a 2019, foi 2,3% maior, havendo incrementos de 0,9% na área plantada e declínio de 0,1% no rendimento médio. Para a 2ª safra, a estimativa foi de 76,6 milhões de toneladas, com crescimento de 3,0% em relação à produção do mês anterior e de 2,8% em relação a 2019. 

UVA – A estimativa da produção (1,4 milhão de toneladas) da uva cresceu 1,5% em relação ao mês anterior, mas recuou 2,0% em relação a 2019. As maiores quedas frente a 2019 foram observadas em Pernambuco (-19,5%) e Bahia (-38,8%). Por outro lado, o Rio Grande do Sul, responsável por mais da metade da produção nacional, apresentou alta de 10,3%. 

Para 2021, terceiro prognóstico estima safra 2,5% maior que a de 2020

Neste terceiro prognóstico, a safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas em 2021 deve ser recorde e somar 260,5 milhões de toneladas, com crescimento de 6,4 milhões de toneladas (2,5%) em relação a 2020. O aumento deve-se, principalmente, à maior produção de soja (6,8% ou 8,2 milhões de toneladas). As principais altas em área são: soja (1,8%), o milho 1ª safra (1,9%) e milho 2ª safra (2,4%), com recuou no algodão herbáceo (-9,1%).

ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) – A terceira estimativa (6,1 milhões de toneladas) aponta para um declínio de 0,6% na produção de algodão em relação ao 2º prognóstico e de 14,0% em relação a 2020. Nos últimos três anos o Brasil alcançou recordes na produção de algodão para atender à demanda internacional. Contudo, com a pandemia da covid-19 essa demanda diminuiu, influenciando na decisão de plantio da próxima safra. A área plantada (1,5 milhão de hectares) recuou 9,9%, e o rendimento médio (4.132 kg/há) caiu 4,6%. Os principais produtores são Mato Grosso (69,4% do total nacional) e Bahia (19,7%).

ARROZ (em casca) – A terceira estimativa (11,0 milhões de toneladas) aponta para um aumento de 0,8% na produção em relação ao segundo prognóstico, mas declínio de 0,8% em relação a 2020, com reduções também de 0,2% na área a ser colhida e de 0,7% no rendimento médio. Essa produção deve ser suficiente para o mercado interno brasileiro.

O Rio Grande do Sul é responsável por quase 70,0% da produção nacional, com lavouras irrigadas de alta tecnologia. As estimativas de produção (7,6 milhões de toneladas) têm queda 1,9% em relação a 2020 e redução de 3,3% na produtividade (7.907 kg/há).

FEIJÃO (em grão) – O terceiro prognóstico da produção de feijão (2,8 milhões de toneladas) para a safra 2021 apontou declínio de 3,0% em relação à safra colhida em 2020 (menos 86,4 mil toneladas). A 1ª safra deve produzir 1,3 milhão de toneladas; a 2ª safra, 956,1 mil toneladas e, a 3ª safra, 545,6 mil toneladas. A área a ser colhida na safra de verão (1ª safra) deve alcançar 1,5 milhão de hectares, declínio de 0,6% em relação a 2020, enquanto que a estimativa para o rendimento médio (851 kg/há) recuou 1,3%.

MILHO (em grão) – O terceiro prognóstico de milho em grão para 2021 (101,7 milhões de toneladas) estima declínio de 1,5% em relação à safra 2020 (menos 1,6 milhão de toneladas). Contudo, essa estimativa é 1,6% maior que a realizada no 2º prognóstico da safra 2021. Mantém-se a tendência de um maior volume de produção do milho em 2ª safra, com participação de 74,0% da produção de 2021, contra os 26,0% da 1ª safra de milho.

Para a 1ª safra de milho, a previsão é de 26,4 milhões de toneladas, com queda de 3,7% frente a novembro e de 0,6% em relação a 2020. Para a 2ª safra (75,3 milhões de toneladas) espera-se aumento de 3,7% em relação ao 2º prognóstico e declínio de 1,8% em relação a 2020, apesar do crescimento de 2,4% na área a ser colhida.

SOJA (em grão) – A terceira estimativa da produção para a soja em 2021 (129,7 milhões de toneladas) aponta alta de 1,5% em relação ao segundo prognóstico e de 6,8% em relação a 2020. A área a ser plantada (38,1 milhões de hectares) crescerá 2,7%. O rendimento médio (3.410 kg/há) deve subir 4,0%. Em função dos preços mais compensadores da soja em relação ao milho, os produtores devem ampliar suas as áreas de cultivo, que em 2021 devem representar mais de 57,0% da área total de cereais, leguminosas e oleaginosas.

Fonte: IBGE

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