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Franzé Silva propõe Moção de Repúdio a presidente de fundação por racismo

Fala de presidente da Fundação Palmares são racistas e criminosas contra o movimento negro, ao dia da consciência negra e às religiões de matriz africana

Deputada estadual Franzé Silva (PT)

Deputada estadual Franzé Silva (PT) Foto: Assessoria parlamentar

O deputado estadual Franzé Silva (PT) protocolou na manhã de sexta-feira (5), na Assembleia Legislativa do Piauí, uma  Moção de Repúdio ao presidente da Fundação Cultural Palmares, órgão vinculado ao Ministério da Cultura do Governo Federal.

O parlamentar já havia se posicionado esta semana, durante sessão plenária, contrário às declarações de Sérgio Camargo que,  segundo Franzé, são racistas e criminosas contra o movimento negro, ao dia da consciência negra e às religiões de matriz africana.

No documento, Franzé explica que tomou conhecimento do teor das declarações através de matérias publicadas em veículos de comunicação da imprensa nacional e que, nos áudios divulgados, o presidente da Fundação classificou o movimento negro como “escória maldita”, que abriga “vagabundos” e demonstrou desprezo pela agenda da “Consciência Negra”. Não satisfeito, se referiu a uma mãe de santo como “macumbeira” e prometeu demitir diretores da autarquia que não tivessem como meta a demissão de um “esquerdista”.

Fundada em agosto de 1988, a Fundação Cultural Palmares se destina, conforme o art. 1° da Lei n° 7.668 de 22.08.88, à promoção e preservação dos valores culturais, históricos, sociais e econômicos decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira. Ainda segundo o documento, de autoria do parlamentar, ao longo de todos esses anos a Fundação tem exercido papel importante no resgate do histórico de opressão e violência contra as populações negras, sempre trabalhando o combate ao racismo, a promoção da igualdade, a valorização, difusão e preservação da cultura negra, a cidadania no exercício dos direitos e garantias individuais e coletivas da população negra em suas manifestações culturais, e o reconhecimento e respeito às identidades culturais e religiosas do povo brasileiro.

O parlamentar reforça que desde que assumiu a presidência da Fundação Palmares, Sérgio Camargo tem se dedicado a negar tudo o que a instituição representa e a insultar não só o povo negro, mas a todos os brasileiros que prezam pelo respeito à diversidade e lutam contra toda forma de discriminação.

"Reiteradas vezes este senhor insulta as pessoas, as lutas, a cultura e religiosidade do povo, demonstrando não ter capacidade mental, intelectual e política de presidir uma instituição constituída pela luta do movimento negro, e que representa 55,07% da população brasileira", finaliza.

Fonte: Alepi

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