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Firmino aposta em racha na base de Wellington e na vitória para governador em 2022

Bem à vontade depois do rompimento de Ciro Nogueira com Wellington Dias, Firmino Filho admitiu até a candidatura a senador em 2022

Firmino Filho e Ciro Nogueira juntos no mesmo palanque

Firmino Filho e Ciro Nogueira juntos no mesmo palanque Foto: Reprodução

O rompimento do senador Ciro Nogueira com o governo Wellington Dias foi uma injeção “cavalar” de ânimo na oposição. Até o prefeito de Teresina, Firmino Filho, criou alma nova. Hoje, o tucano falou abertamente da estratégia do PSDB de se aliar ao PP para “implodir” a base governista, comandada pelo PT do governador Wellington Dias, e vencer as eleições governamentais em 2022.

Firmino acredita que PSDB e PP juntos podem rachar a base governista e disputar com chance real de vencer as eleições de 2022 para governador. “É importante ter o melhor time que a oposição tiver. Se o senador Ciro for melhor nome, será nosso candidato a governador. Se for o senador Elmano Férrer, vai ser o senador Elmano. Se for o João Vicente o mais forte, vai ser o nome de João Vicente, assim por diante. Vamos compor a melhor constelação de candidatos para fazer uma campanha bonita e vitoriosa”, acredita o tucano.

Segundo Firmino Filho, fazer oposição no Piauí nunca é fácil, especialmente depois de tanto domínio institucional por parte do atual governo. Mas que o cenário agora é outro, após a decisão do senador Ciro Nogueira de mudar de lado e fazer oposição a Wellington Dias. “Temos condições objetivas de provocar um racha grande no bloco governista e uma campanha competitiva. Isso com reais chances de vitória para 2022”, aposta.

Com a língua solta, Firmino Filho admitiu até a candidatura a senador em 2022. “Se for convocado, eu vou. Não tenho nenhuma dificuldade. Na minha vida política me considero realizado. Se tivesse que me aposentar amanhã, se perdesse todas as outras eleições, já estaria realizado. Pelo fato de ter colaborado quatro vezes com Teresina, como prefeito. Isso já é uma grande honra. As condições do momento vão determinar que papel iremos desempenhar em 2022. Candidatura majoritária não é a agente que escolhe. Na proporcional você pode construir por conta própria, mas a majoritária, só é possível dentro de um contexto. Temos que esperar para saber que papel vamos desempenhar”, advertiu o prefeito, em entrevista concedida aos jornalistas que cobriram a celebração da missa em Ação de Graças pelos 168 anos de Teresina, na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Amparo.

“Temos uma definição a nível estadual. O que se prevê é que em 2022 vamos ter a eleição mais dura das últimas décadas na história do Piauí. Por conta disso, começamos a ter reflexos na eleição de 2020. Percebemos que no Piauí a coisa começa a se radicalizar e um dos olhares que existe é em 2022. Vai ter influência de 2022 em todas as eleições dos municípios. E Teresina não é exceção. Estará dentro da regra. Em 2022 vamos ter uma eleição muito dura, mas não temos dúvida que será uma das eleições mais concorridas da história política do Piauí. Há muito tempo não tínhamos uma divisão política tão profunda no estado, como essa que se inicia em 2020”.

Kleber Montezuma

Sobre a pré-candidatura do ex-secretário de Educação de Teresina, Kleber Montezuma, a prefeito de Teresina, Firmino Filho elogiou a “bagagem” do ex-assessor. “Nossa ações foram muito dominadas pela crise. Todo nosso tempo, todo o nosso trabalho estavam voltados para isso. Pouco a pouco a cidade foi voltando às atividades normais. Como foi mantido o calendário eleitoral para esse ano, temos que iniciar a campanha em setembro. Estamos em pré-campanha. Nossas forças políticas começam à dialogar entre si. Mesmo com nenhuma campanha feita, Kleber já aparece com 2 dígitos. Quando fui candidato pela primeira vez, em 1996, cheguei na convenção com 4,5%. O Kleber já chega muito bem na convenção com 2 dígitos. Isso mostra que existe muito espaço para ele crescer. Se destaca por tudo que fez. É a melhor opção para Teresina. Estamos muito entusiasmados com as primeiras pesquisas. Vamos organizar nossa topar, falar com companheiros. Trabalhar com quem de fato quer está conosco. Tem que ser uma campanha de quem acredita no candidato e no nosso jeito de administrar. Não tenho dúvida de que faremos uma campanha alegre e bonita. Vamos chegar a uma bela vitória. Seja no primeiro ou segundo turno. Não podemos calçar sapato alto. Tem que ser dentro da realidade. Tem que respeitar os adversários. Tem que suar a camisa e mostrar o histórico de vida e de trabalho do nosso pré-candidato”, defendeu o prefeito, que deve coordenar a campanha de Montezuma. .

Fonte: Paulo Pincel

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