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Empresa de São Luis (MA) opera em Teresina sem licitação com aval da prefeitura

Empresário Alberlan Euclides Sousa denunciou que a empresa opera no sistema mesmo sem ter participado da licitação em 2015

Justiça determina disponibilidade de no mínimo 70% da frota de ônibus em Teresina

Justiça determina disponibilidade de no mínimo 70% da frota de ônibus em Teresina Foto: Reprodução

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de Teresina, que investiga a “caixa preta” do transporte público coletivo da capital retomou os depoimentos nesta terça-feira (25), ouvindo o empresário Alberlan Euclides Sousa. Ele denunciou que uma empresa de São Luís (MA) opera no sistema de transporte coletivo de Teresina mesmo sem ter participado da licitação em 2015.

"Em 2017, a prefeitura exigiu carros com ar e não estava no edital de 2015. Com os atrasos de pagamento, fragilizava a finanças e não tínhamos crédito para comprar ônibus novos. Fomos em busca de investidores de São Luís. A prefeitura aceitou e assim foi feito. Houve um ruído com esse empresário e ele retirou os ônibus. Foi péssimo para todos. Então, chegamos ao acordo de que ele entraria no consórcio com a anuência do poder público, como se tivesse participado da licitação. E está autorizado pela Strans para rodar”, revelou o empresário

“O consórcio são três empresas e a Teresinense faliu. Para suprir o consórcio foi preciso acatar essa sugestão. O poder público estava ciente de tudo. Não fizemos nada escondido. Tudo se encontra documentado na Strans", acrescentou Alberlan Sousa.

"Ele não era da licitação. Teve um problema e ele retornou os ônibus. Fez com que o consórcio Poti ficasse na média de ano de frota e ar-condicionado. Essa licitação exige que a média dos ônibus não ultrapasse seis anos. Esta empresa, em 2017, entra no consórcio com autorização para compor consórcio onde a empresa não tinha autorização para participar. Isso chama atenção. Houve uma repactuação da licitação",

Apoio à CPI

Alberlan Sousa garantiu que a CPI da Câmara tem o apoio dos empresários que operam na capital. "Os empresários estão adorando a CPI para esclarecer dúvidas. O pior momento foi a greve com 85 dias. De lá para cá a coisa continua ruim devido há vários momentos. A pandemia maltrata a todos. Houve acordos extrajudiciais também. Eram pagamentos atrasados. Com a gestão passada foi feito acordos para pagar. Existe uma conta criada da Prefeitura para regular o sistema. Infelizmente sempre atrasou. Foi criada pela prefeitura essa forma de remuneração. Quatro acordos com a empresa Piauiense. Cada acordo tinha um valor e era dividido em mensalidades. O quarto foi feito no meio da pandemia e seria de R$ 423.870,51. Mas se encontra pendente. Fomos exigidos de cumprir todas. A única que não foi possível cumprir era o sistema de áudio nas estações e nos terminais de integração. O ônibus fica embarcando e desembarcando com motor ligado e o barulho é grande. O sistema não funcionou. Foi preferível colocar painéis eletrônicos. O resto tudo foi feito", assegurou.

Fonte: Redação

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