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Dr. Pessoa prepara "presente de grego" para terceirizados: 25% serão demitidos

"Vamos rever todos os contratos. Todos. 100%. Em alguns já chegamos num consenso e vamos suprimir 25%", revelou Danilo Bezerra

Prefeito de Teresina, Dr.Pessoa, no Palácio da Cidade

Prefeito de Teresina, Dr.Pessoa, no Palácio da Cidade Foto: PMT

A Prefeitura de Teresina prepara um presente de grego para os servidores terceirizados do município neste Natal.  Um em cada quatro servidores contratados será demitido antes do final do ano, segundo revelou o secretáreio de
"Estamos planejando uma reestruturação administrativa, para reduzir custos em relação aos terceirizados, para não acontecer esse mesmo problema [atraso de salários] no futuro. E para que consigamos mensalmente, ordinariamente, cumprir as nossas obrigações", revelou Danilo Bezerra, homem da confiança do prefeito Dr. Pessoa.

No meio da semana Dr. Pessoa ganhou um "cheque em branco" de R$ 50 milhões da Câmara Municipal de Teresina para pagar os terceirizados, segundo justificou o presidente Enzo Samuel, após a aprovação da operação de crédito junto ao Banco do Brasil, no valor de R$ 500 milhões, aprovada em regime de urgência pelos vereadores, inclusive de oposição.

Papai Pessoa Noel: o Natal vai ser amargo para 25% dos terceirizados da Prefeitura de Teresina
Foto: Reprodução/Luis Marcos/Viagora
 
Em cada quatro terceirizados, um vai para rua

O corte será de 25% em alguns contratos, antecipou Danilo Bezerra, secretário-executivo da Prefeitura de Teresina. "Vamos rever todos os contratos. Todos. 100%. Em alguns já chegamos num consenso e vamos suprimir 25%, que é o limite legal. Toda estrutura administrava envelhece. A estrutura da Fundação foi pensada para a realidade de 30 anos atrás. O ex-prefeito Firmino Filho tentou mudar. Ele viu que o sistema estava ineficiente. Em 2013 ele dividiu a FMS e criou a FMS, a Secretaria Municipal de Saúde e a Fundação Hospitalar (FHT) como não funcionou ele voltou ao original e não tentou repaginar", lembrou Danilo Bezerra.

"Nós estamos com uma série de projetos, na verdade, são cinco medidas, com um passo a passo, para equacionar essa situação", completou o secretário municipal de Finanças, Esdras Avelino, sobre o atraso no pagamento dos contratos com as empresas que fornecem mão de obra para vários órgãos, em especial para a Fundação Municipal de Saúde.

"Toda estrutura administrava envelhece. A estrutura da Fundação foi pensada para a realidade de 30 anos atrás. O ex-prefeito Firmino Filho tentou mudar. Ele viu que o sistema estava ineficiente. Em 2013 ele dividiu a FMS e criou a FMS, a Secretaria Municipal de Saúde e a Fundação Hospitalar (FHT) como não funcionou ele voltou ao original e não tentou repaginar", disse.

Esdras Avelino afirmou que os cortes serão maiores onde houver "gordura". "Principalmente na Saúde, onde tem gordura que podemos cortar, nós vamos cortar. É um sistema que já tem mais de dez anos e precisa ser reinventado, precisa ser reestudado, e isso é meta do prefeito e estamos trabalhando nisso, na reinvenção da Saúde do município, para entrar em 2024 com um novo modelo e poder até o final do primeiro semestre, do próximo ano, se possível, esta com a saúde pública bem diferente de 2023. Com o corte sobram recursos. Isso não é promessa, é trabalho. Estamos trabalhando para isso, quando o nosso trabalho surtir efeito vamos conseguir o que estamos querendo", concluiu Esdras Avelino.

Prefeito determinado

"O prefeito, agora, está determinado a fazer as reformas que a gente precisa. Vamos fazer uma reestruturação dentro da Fundação Municipal de Saúde, que é onde está o nosso principal gargalo", disse Danilo Bezerra.

A FMS enfrenta problemas financeiros por conta inclusive da desatualização dos valores dos procedimentos cobrados do SUS e da questão da produtividade, que limita os recursos recebidos do Ministério da Saúde.

"A tabela do SUS está desatualizada. Existe um círculo virtuoso, que se transformou num círculo vicioso, que é a questão da produtividade. Hoje a produtividade é baixa porque o investimento é baixo. E o investimento é baixo porque a produtividade é baixa. A saída é melhorar a produtividade para receber mais recursos do Ministério da Saúde. O teto de média e alta complexidade de Teresina está com defasagem de mais de R$ 2 milhões mensais. Entramos com um pedido de atualização. O Ministério da Saúde nos atendeu, inclusive com apoio do senador Wellington Dias, que ajudou muito, e conseguimos implementar R$ 6 milhões, com o compromisso de no próximo ano aumentar mais", adiantou Danilo Bezerra. 

Fonte: Redação

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