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Samu Aéreo realizou mais de 1.000 voos em 10 anos de serviços

Nesse período, o serviço não registrou nenhum óbito durante os deslocamentos no estado

Samu Aéreo realizou mais de 1.000 voos em 10 anos de serviços

Samu Aéreo realizou mais de 1.000 voos em 10 anos de serviços

O Samu Aéreo completou, nesta quarta-feira (31), dez anos de funcionamento. O serviço já realizou mais de mil voos ajudando no atendimento de piauienses que precisavam de um deslocamento mais rápido para chegar a uma das unidades de saúde da rede estadual em Teresina para atendimento especializado.  Nesse período, o serviço não registrou nenhum óbito durante o deslocamento.

A solenidade em comemoração à data ocorreu na base do serviço, no Aeroporto Petrônio Portella, em Teresina, e contou com a presença do secretário de Estado da Saúde, Antonio Luiz Soares; do superintendente de Atenção à Média e Alta Complexidade, Dirceu Campelo; do diretor da Unidade de Controle, Avaliação, Regulação e Auditoria, Rodrigo Martins; e do coordenador da Rede de Urgência e Emergência da Sesapi, Telmo Mesquita, além de toda a equipe do Samu estadual.

Durante a solenidade, o secretário Antonio Luiz anunciou que a Sesapi está finalizando um convênio com a Secretaria de Estado da Segurança para o uso do helicóptero pela equipe do Samu Aéreo, possibilitando o atendimento em locais onde o avião não consegue pousar. “São 10 anos de Samu Aéreo. É uma atividade que salva vidas. Promove o deslocamento de pacientes em estado muito grave. É um serviço restrito, pois só pode atuar onde tem pistas homologadas para pousos. Não é em toda cidade que ele pode pousar e trazer pacientes. Em um futuro breve teremos o apoio do helicóptero da polícia que também poderá funcionar como Samu Aéreo. O helicóptero consegue chegar aonde o avião não vai. É um serviço muito importante e a população precisa dele”, destacou o gestor.

Ainda durante o evento, todos os profissionais que atuam no Samu Aéreo foram homenageados.

De acordo com a coordenação do Samu estadual, ao longo desses 10 anos foram realizados 1.054 atendimentos de excelência nas mais diversas situações, desde o transporte de gestantes de alto risco, politraumatizados, neonatais até o atendimento de pacientes que sofreram infartos ou acidente vascular cerebral (AVC). Seguindo um processo de trabalho minucioso e por meio da regulação, o Samu aéreo identifica e define quais os pacientes podem ser transportados pela aeronave.

Cristiane Rocha, coordenadora do Samu estadual, destaca que são 10 anos de um serviço essencial para garantir uma melhor assistência à população. “O Samu aéreo nos possibilitou dar a assistência necessária para muitos casos que precisaram de um transporte mais rápido para a capital. Ter a possibilidade de garantir a chegada de um paciente de São Raimundo Nonato, por exemplo, em 1h30 para a assistência médica na capital, é algo importante para salvar inúmeras vidas. Logicamente existem requisitos para que o paciente possa receber esse tipo de atendimento, mas a presença do serviço é de suma importância para a assistência à saúde do nosso estado”, disse a gestora.

O serviço

O Samu Aéreo conta hoje com uma equipe multiprofissional que é capacitada para os mais diversos tipos de transportes de pacientes. Ao ser notificado da necessidade do transporte de um paciente por meio do Samu Aéreo, a equipe prepara a aeronave de acordo com a necessidade da missão que vai acontecer.

O alto nível do serviço deve estar presente em todas as etapas da ação, desde a preparação até a chegada à capital para ser encaminhado ao hospital de destino.

Irayldes Cunha é enfermeira e integrante da equipe do Samu Aéreo desde o início do serviço. Ela fala que, apesar de cada missão ter suas próprias características e cuidados, sempre que o serviço é acionado, a equipe em plantão trabalha com o objetivo de levar o melhor atendimento possível para os pacientes.

“O nosso foco é levar um trabalho de excelência a todos que necessitarem do serviço. Havendo uma ocorrência, nós analisamos o diagnóstico do paciente e preparamos a aeronave de acordo com o quadro dele, montando os equipamentos que vamos precisar para aquele tipo de transporte. É satisfatório ver ao longo desses anos diversos pacientes que foram atendidos pelo serviço se recuperando, percebemos que somos uma ponte que leva a esperança para diversos pacientes e familiares”, conta a enfermeira.

Salvando vidas

A satisfação e o empenho da equipe são justificados pelos resultados. Zuleidia Solon, do município de Guadalupe (337 km da capital), é mãe do João Gabriel, um dos pacientes atendidos pelo Samu Aéreo. No dia 30 de dezembro de 2016, o jovem sofreu um acidente que resultou em um quadro de politraumatismo, no qual devido à gravidade foi recomendada a transferência para uma unidade de saúde na capital.

“A eficácia e a rapidez que o Samu Aéreo proporcionou ao meu filho, com certeza, foi um dos principais motivos dele ter se recuperado. Queremos agradecer a toda a equipe do serviço pela qualidade do atendimento prestado, por causa do serviço que eles desempenharam meu filho se recuperou”, disse Zuleidia.

Outra família que precisou da assistência prestada pelo serviço é a de Léo Monteiro Sérvio de Carvalho. O jovem, residente do município de Floriano, também foi vítima de um acidente na madrugada do dia 5 de julho de 2020. “Após o acidente, o Léo contou com a assistência da ambulância do Samu, mas foi constatado que a situação dele estava se complicando devido à gravidade do acidente e assim foi feita a solicitação para que o Samu Aéreo fizesse a transferência dele para Teresina”, explica Genival Ribeiro de Carvalho, pai do rapaz.

Já para Leo, “a assistência do Samu Aéreo foi de suma importância para eu conseguir me recuperar e hoje estar aqui falando sobre o caso. Gostaria de agradecer por toda a eficiência e cuidado que a equipe teve comigo, mas também agradecer a todas as áreas que participaram do meu atendimento”.

Quem pode ter acesso ao serviço? 

Cristiane Rocha destaca que são casos como o do Léo Monteiro e do João Gabriel que fazem o serviço mostrar sua essencialidade dentro do sistema de saúde estadual. No entanto, ela reforça que existem requisitos que o paciente deve apresentar para que o serviço possa atender. “O serviço é muito positivo, mas a população precisa entender que nem todo quadro de saúde permite o transporte por meio do Samu Aéreo. Por isso é essencial que o médico que esteja acompanhando o caso faça uma análise e verifique a viabilidade da transferência para Teresina por meio do serviço”, fala a coordenadora.

Diferente das ambulâncias, que o usuário pode acionar o serviço por meio do número 192 esteja ele onde estiver, o Samu Aéreo é focado em fazer o transporte de pacientes que já estejam internados em uma unidade hospitalar da rede estadual.

O médico que está acompanhando o paciente naquela primeira unidade da rede estadual, identificando a necessidade da transferência via aérea para uma outra unidade que possa dar mais resolutividade ao quadro de saúde daquele paciente, entra em contato com a central de regulação e solicita o transporte justificando a necessidade do serviço.

“Vale ressaltar que 92 municípios possuem unidades terrestres do Samu prontas para atender a população e que o Samu Aéreo só entra em trabalho seguindo essas normas e atendendo casos excepcionais”, ressalta a coordenadora do Samu.

Fonte: CCom

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