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Congresso repõe R$ 4,25 bilhões em emendas de comissão no Orçamento 2024

A recuperação de parte dos recursos dessas emendas foi acordado entre governo e oposição

Plenário do Senado Federal, em Brasília

Plenário do Senado Federal, em Brasília Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O Congresso Nacional restabeleceu R$ 4,25 bilhões dos recursos das emendas apresentadas pelas comissões permanentes, com a decisão de rejeitar parte dos vetos presidenciais ao Orçamento de 2024, durante a sessão plenária desta quinta-feira (9). O total recuperado é mais da metade dos quase R$ 6 bi que haviam sido vetados pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.  A recuperação de parte dos recursos dessas emendas de comissão foi fruto de acordo entre governo e oposição. 


Os parlamentares também votaram para manter vetos a outras dezenas de dispositivos ( VET 4/2024) e adiaram a votação de apenas um trecho vetado, o que prevê R$ 85,8 milhões para o Ministério das Comunicações investir em inclusão digital. Agora, os trechos que tiveram os vetos derrubados na votação desta quinta-feira serão promulgados pelo Congresso e serão incorporados à Lei 14.822 (Lei Orçamentária de 2024).


Com a retomada, o valor das emendas das comissões permanentes da Câmara e do Senado em 2024 passarão de um total de R$ 11 bilhões para R$ 15,2 bilhões, valor próximo ao original aprovado pelo Congresso no Orçamento deste ano. Assim, só foram mantidos vetos no valor de R$ 1,4 bilhão.


O total das emendas parlamentares no Orçamento vai atingir, então, cerca de R$ 52 bilhões em 2024. Os parlamentares podem fazer emendas de comissão, individuais e de bancadas estaduais. Estas duas últimas são de execução obrigatória. O Orçamento total está em torno de R$ 2,2 trilhões.


Proposta original


O projeto que deu origem à LOA 2024 (PLN 29/2023) previa, na versão aprovada no Congresso em 22 de dezembro do ano passado, R$ 16,6 bilhões de despesas governamentais oriundas de emendas das comissões permanentes das duas Casas. 


O valor é mais que o dobro do que foi aprovado em 2023 (R$ 7,5 bilhões). No entanto, o governo vetou R$ 5,6 bilhões das emendas de comissão com o argumento de que a redução da estimativa de inflação levaria a uma arrecadação menor de tributos pelo governo. O texto não teve outros vetos.



    Confira para onde poderão ser destinados os R$ 4,25 bi de dotações restabelecidas por deputados e senadores:

  • Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional

Apoio a projetos de desenvolvimento sustentável local integrado - R$ 1,51 bilhão

  • Ministério das Cidades

Apoio à política nacional de desenvolvimento urbano voltado à implantação e qualificação viária - R$ 1,076 bilhão

Apoio a projetos e obras de reabilitação, de acessibilidade e modernização tecnológica em áreas urbanas - R$ 384,9 milhões

  • Ministério do Turismo

Apoio a projetos de infraestrutura turística - R$ 950 milhões

  • Ministério do Esporte

Desenvolvimento de atividades e apoio a programas e projetos de esporte amador, educação, lazer e inclusão social - R$ 250,8 milhões

  • Ministério da Justiça

Promoção da Política Nacional de Justiça - R$ 61 milhões

  • Ministério das Comunicações

Apoio a iniciativas e projetos de inclusão digital - R$ 15 milhões

  • Telebrás

Implantação de infraestrutura de rede de comunicação de dados para inclusão digital - R$ 10 milhões

Fonte: Agência Senado

Fonte: Agência Senado

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