Municípios

Inmet divulga novo alerta sobre calor e baixa umidade em 204 municípios do Piauí

O alerta abrange 204 cidades do Piauí, entre elas Teresina, Água Branca, Barras, Bom Jesus, Campo Maior, Corrente, Floriano, Oeiras e Paulistana

Altas temperaturas e baixa umidade em julho

Altas temperaturas e baixa umidade em julho Foto: Assessoria INMET

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um novo alerta de baixa umidade para quase todos os municípios do Piauí.


De acordo com o aviso, divulgado no domingo (6) e que vale até as 20h30h desta segunda-feira (7), as regiões Norte, Centro-Norte, Sudeste e Sudoeste Piauiense estão com a umidade relativa do ar variando entre 30% e 20%.

O alerta abrange 204 cidades do Piauí, entre elas a capital Teresina, Água Branca, Barras, Bom Jesus, Campo Maior, Corrente, Floriano, Oeiras, Paulistana, Pedro II, Piracuruca, Piripiri, Uruçuí e Valença do Piauí. 


Apesar do baixo risco de incêndios florestais e à saúde, a orientação é que as pessoas bebam bastante líquido, evitem desgaste físico nas horas mais secas e evitem exposição ao sol nas horas mais quentes do dia.


Em caso de alguma ocorrência a população deve acionar a Defesa Civil, através do telefone 199, ou o Corpo de Bombeiros, no 193.

 

Dados de julho

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou, na sexta-feira (4), um levantamento dos principais fenômenos meteorológicos que atuaram no Brasil em julho de 2023. 


O mês foi marcado por eventos extremos de temperaturas e baixos valores de umidade relativa do ar.


Além disso, houve registro de chuvas intensas somente nos estados do Rio Grande do Sul, Roraima e Sergipe, com volumes que ultrapassaram a média histórica.


Chuva


Em julho deste ano, os maiores volumes (azul escuro no mapa)  se concentraram no noroeste do País devido à combinação do calor com a alta umidade. 


No leste do Nordeste, o transporte de umidade do Oceano Atlântico para o continente favoreceu a ocorrência de chuvas intensas.


Na Região Sul, um ciclone extratropical foi um dos principais responsáveis pelos grandes volumes, especialmente, no Rio Grande do Sul. 


Já na faixa central do País, devido ao período seco nesta época do ano, não choveu em algumas localidades ou houve registro de pequenas quantidades.

O mês mais quente desde 1961


Durante o mês de julho é muito comum que, na Região Sul e áreas serranas do Sudeste, predominem os valores de temperatura média entre 12°C e 20°C


Neste ano, as temperaturas na região foram superiores ficando entre 12°C e 24°C. Houve uma predominância de desvios positivos de temperatura média em grande parte do Brasil (tons de laranja na figura 1b), registrando valores de até 3°C acima da média, desde o sul da Região Norte, passando pelo Centro-Oeste, até a Região Sul.


Figura 1: (a) Climatologia e (b) Desvio da temperatura média do ar em 2023, em °C, para o mês de julho. Período de referência: 1991 – 2020.
Fonte: INMET.


Tomando como base a média histórica (1991 - 2020) das temperaturas médias observadas nas estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em todo o Brasil, no mês de julho, a temperatura média do País seria 21,93°C (figura 2). Contudo, em 2023, a temperatura média foi de 22,97°C, ou seja, um desvio de 1,04°C acima da média histórica, colocando o recente julho como o mais quente já registrado no Brasil desde 1961.


Até então, julho de 2022 era o mais quente com 22,77°C ou 0,84°C acima da média.


É importante ressaltar que, 2022, foi considerado o vigésimo ano mais quente desde 1961 e foi marcado pela ocorrência do fenômeno La Niña, que consiste no resfriamento das águas do Pacífico Equatorial e provoca alterações na circulação atmosférica, afetando o clima de várias regiões do globo. Mesmo assim, 2022 ficou entre os mais quentes da era industrial.


Já o terceiro e o quarto julhos mais quentes, desde 1961, ocorreram nos anos de 2015 e 2016, respectivamente. Nesses anos foram registrados os valores de 0,8°C (2015) e 0,6°C (2016) acima da média histórica.


Tanto 2015 como 2016 estiveram sob a influência do fenômeno El Niño, que corresponde ao inverso da La Niña, quando existe um aquecimento das águas do Pacífico Equatorial, que favorece a elevação da temperatura em diversas partes do planeta. Este El Niño foi classificado como um evento muito forte.


Neste contexto, entre os meses de abril e maio de 2023, foi observado uma tendência de aquecimento das águas do Pacífico e junho teve início um novo episódio de El Niño que, atualmente, está com intensidade moderada.






Mapa de acumulado de chuva, em milímetros (mm), em julho (áreas mais chuvosas em azul escuro e menos chuvosas em verde claro/amarelo).



Região Norte: A combinação do calor com a alta umidade provocou, no dia 1° de julho, chuva em Belém (PA), com 87 mm, e em Boa Vista (RR), com 72,2 mm.

Região Nordeste: A região registrou chuvas mais expressivas devido ao transporte de umidade do Oceano Atlântico para o continente, o que contribuiu para o aumento da nebulosidade e ocorrência de chuva na faixa leste. Destaque para João Pessoa (PB), com 177,6 mm, no dia 07/07; Palmares (PE), com 90,8 mm; Maceió (AL), com 81,8 mm, e Propriá (SE), com 77,7 mm, todos no dia 08/07. O Inmet publicou uma nota técnica sobre as chuvas intensas. Confira aqui.

Região Sul: Um ciclone extratropical favoreceu o transporte de umidade do oceano para o continente e provocou chuvas volumosas. Destaque para os volumes registrados em Torres (RS), com 119 mm, no dia 08/07; Inácio Martins (PR), com 130,8 mm, e Dois Vizinhos (PR), com 127 mm, ambos no dia 11/07; e Bagé (RS), com 120,2 mm, no dia 13/07.

Confira a nota técnica elaborada pelo Inmet aqui.

Fonte: Assessoria INMET

Dê sua opinião: