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Ação pode proibir venda da carne de sol em Campo Maior e vereadores repudiam decisão

Ação pode proibir venda da carne de sol em Campo Maior e vereadores repudiam decisão

Uma ação movida pelo Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (PROCON) pode proibir a venda da carne de sol em Campo Maior. O Ministério Público entende que o produto fica exposto ao ambiente, não atende as normas de higiene e deu prazo de 30 dias para os comerciantes se adequem as normas exigidas. Para o PROCON, a carne deve ser melhor acondicionada.
Na sessão plenária dessa terça-feira (08/05), os vereadores de Campo Maior se posicionaram contrários ao prazo de 30 dias estabelecidos pelo órgão e alertaram que a ação pode prejudicar a economia do município. Os parlamentares requerem uma prorrogação da data e um diálogo do Ministério Público com os comerciantes.
“É importante que isso aconteça, mas é preciso de um prazo maior. Da forma que querem fazer não é o correto. A linha do Ministério Publico é dura. A qualquer momento pode chegar num desses locais e jogar a carne fora, como disse o promotor numa visita que fizemos ao Ministério Público”,  comentou o vereador Sena Rosa (PSD).
Medida pode prejudicar economia do município e preocupa vereadores de Campo Maior
O vereador Hamilton Segundo (PP) classificou a situação como gravíssima e defendeu a união das forças políticas, empresariais e judicial para solucionar o problema. A vereadora Silvia do Caú (PV) lembrou que a carne de sol de Campo Maior é histórica e reconhecida em todo país. O vereador Daniel Soares (PSB) disse que é agressiva a ameaça do MP de recolher a carne dos estabelecimentos.
“A ação é importante, mas não pode chegar atropelando as coisas. Essa carne já é vendida há séculos e ninguém nunca morreu por consumir essa carne; ela é bem protegida pelo sal. Uma coisa é você estar dentro do gabinete com a lei e querer sua aplicação, outra é a situação real, na prática”, comentou o vereador Edvaldo Lima (SD).
O presidente da Câmara, vereador Fernando Miranda (PT), afirmou que a Câmara Municipal não é contra o pedido de ajuste na comercialização do produto, mas pede razoabilidade e que o prazo seja ampliado para que seja encontrada uma solução.

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